A proibição dos turistas israelenses não é algo inédito no país, visto que na década de 1990 uma restrição similar já havia sido implementada. No entanto, o número de visitantes israelenses já vinha diminuindo nos últimos anos, e após o início da guerra em Gaza, a queda foi mais expressiva, com apenas 528 israelenses visitando as ilhas Maldivas nos primeiros quatro meses deste ano, um declínio de 88% em relação ao ano anterior.
A guerra em Gaza teve início após um ataque do Hamas a Israel em outubro, resultando em centenas de mortes e reféns dos dois lados. Com a intensificação do conflito, houve pressões internas na Maldivas para que o presidente Muizzu tomasse essa decisão de proibição de entrada de israelenses no país.
A famosa nação paradisíaca, composta por mais de mil ilhas de coral, é conhecida por suas praias exuberantes e águas cristalinas, atraindo turistas do mundo todo, incluindo diversas celebridades que buscam seus resorts de luxo. No entanto, a questão política em relação à guerra em Gaza provocou essa mudança de postura do governo maldiviano em relação aos turistas israelenses.
Em resposta à proibição, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel recomendou que os cidadãos evitem viajar para as Maldivas, e orientou aqueles que já estão no país a considerarem a possibilidade de sair, devido à dificuldade de assistência em caso de perigo.
Diante desse cenário, a medida tomada pelas Maldivas reflete a posição do país em relação ao conflito entre Israel e Palestina, demonstrando sua solidariedade com o povo palestino e seu repúdio à violência que tem assolado a região. A situação política na região segue tensa, e a proibição de entrada de israelenses nas Maldivas é mais um capítulo nesse cenário complexo de conflito e geopolítica internacional.