O temporal registrado, que trouxe ventos acima de 100 km/h, causou danos extensos à infraestrutura elétrica da capital paulista, com diversas árvores caindo sobre a rede elétrica. Equipes de técnicos estão trabalhando arduamente para restabelecer a conexão, mas a situação se normaliza de maneira lenta e difícil. A busca por soluções é intensificada à medida que crescem os descontentamentos com a gestão da empresa, levando a uma pressão crescente sobre o governo do estado para que rompa o contrato com a Enel, que está vigente até 2028. Anteriormente, em 2023, um evento similar resultou em milhares de residências sem luz por períodos prolongados, alimentando a insatisfação dos cidadãos.
A grave interrupção de energia também trouxe severas consequências econômicas. A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo relatou perdas estimadas em mais de R$ 150 milhões devido à falta de eletricidade, ressaltando que o impacto é ainda mais dramático para os pequenos empresários do setor. De acordo com o diretor executivo da entidade, Edson Pinto, a sobrevivência de muitas pequenas e médias empresas depende da receita gerada diariamente, e a falta de um plano de contingência eficaz por parte da Enel agrava ainda mais a situação.
Esse quadro caótico coloca em evidência a necessidade urgente de reavaliação das políticas de gerenciamento de crises e resposta a emergências, especialmente em uma cidade que frequentemente enfrenta desafios climáticos. A população clama por respostas rápidas e eficazes, já que muitos estabelecimentos passaram por dificuldades semelhantes no passado recente.