Entre janeiro de 2023 e setembro de 2024, dados revelados pela Fundação Getulio Vargas mostram que 91% dos novos empregos formais gerados no país foram ocupados por indivíduos que anteriormente estavam inscritos no Bolsa Família ou no Cadastro Único (CadÚnico). Essa integração dos programas assistenciais com o mercado de trabalho é um indicativo de que as políticas públicas estão tendo um impacto tangível na vida das pessoas que dependem desses benefícios.
Ainda mais significativo é o fato de que, entre junho de 2023 e dezembro de 2024, 1,5 milhão de famílias saíram da situação de baixa renda, com 972 mil indivíduos do CadÚnico atingindo a classe média, caracterizada por uma renda individual de R$ 3,4 mil ou mais. Esse movimento de ascensão social mostra que o Bolsa Família não apenas fornece um alicerce econômico, mas também atua como um catalisador para a melhoria das condições de vida.
O programa permite que os beneficiários formalizem vínculos trabalhistas ou iniciem suas próprias empresas sem perder o apoio financeiro de imediato, desde que mantenham uma renda per capita entre R$ 218 e R$ 759. Durante uma fase de transição, essas famílias podem continuar a receber até 50% do valor do benefício por um período de até dois anos, oferecendo um suporte extra enquanto buscam estabilidade financeira.
Adicionalmente, está prevista a implementação de um novo sistema para o CadÚnico em março de 2025, que visa simplificar o cadastro e interligar diferentes bases de dados do governo. Essa modernização é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e deve beneficiar mais de 40 programas sociais federais, tornando os processos mais ágeis e eficientes.
O Bolsa Família, portanto, não apenas representa uma rede de segurança econômica, mas também se configura como uma ferramenta estratégica para a superação da pobreza e da desigualdade social no Brasil.