Mais da metade dos ucranianos deseja negociar paz com a Rússia, revela pesquisa que mostra queda no apoio à luta contínua contra o conflito.



Uma nova pesquisa revelou que 52% da população ucraniana considera fundamental negociar um acordo de paz com a Rússia, uma mudança significativa em relação aos anos anteriores. Nos anos de 2022 e 2023, apenas 22% e 27%, respectivamente, expressaram essa intenção. O aumento no desejo de negociações de paz é um reflexo do desgaste e da frustração acumulados após mais de dois anos de conflito intenso. A pesquisa também indica que 52% dos entrevistados estariam dispostos a aceitar concessões territoriais em troca de um acordo pacífico.

Adicionalmente, o apoio à continuidade das operações militares tem diminuído em todas as regiões do país. Enquanto 72% dos ucranianos defendiam a luta contínua contra a Rússia em 2022, esse número caiu para apenas 38% em 2024. Esse declínio no apoio à luta armada mostra um claro cansaço da população com o prolongamento do conflito e os efeitos devastadores que ele trouxe.

Ao comentar os resultados, a pesquisa destaca um sentimento coletivo de fadiga entre os ucranianos, cada vez mais exaustos de um impasse que parece interminável. O presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que a Rússia está disposta a retomar o diálogo, que foi suspenso devido à recusa do governo ucraniano em considerar a possibilidade de negociações. Ele enfatizou a importância de que quaisquer acordos respeitem os interesses de segurança da Rússia, abordando o que ele descreve como “novas realidades territoriais”.

Putin também argumentou que a solução para o conflito deve envolver a superação das causas que alimentaram a crise, citando as ações da NATO e a suposta criação de uma força anti-russa na Ucrânia como questões centrais. À medida que as negociações se tornam cada vez mais urgentes, a sociedade ucraniana, em busca de paz e estabilidade, enfrenta um dilema difícil: continuar lutando ou buscar um acordo que possa trazer uma resolução duradoura ao conflito.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo