De acordo com a pesquisa, uma parcela considerável da população – 56% – acredita que os acusados devem permanecer encarcerados e cumprir suas penas. Em contrapartida, 34% acham que essas pessoas deveriam ser liberadas. Além disso, 18% dos entrevistados afirmaram que os envolvidos não deveriam ter sido presos, enquanto 16% disseram que a liberação de alguns deles é válida devido ao tempo já cumprido na prisão. Um percentual menor, de 10%, não soube ou optou por não opinar sobre o tema.
O estudo também abordou a percepção sobre o papel do ex-presidente Bolsonaro nos acontecimentos de janeiro. Quase metade dos colaboradores da pesquisa (49%) acredita que ele participou do planejamento de um golpe de Estado, enquanto 35% refutam essa ideia. Apenas 1% dos entrevistados não vê evidências de uma tentativa de golpe.
Ao analisar as opiniões entre os eleitores, a pesquisa constatou que entre aqueles que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas eleições, a resistência à anistia é marcante, com 77% expressando apoio a manter os envolvidos na prisão. Entre os eleitores de Bolsonaro, esse número cai para apenas 32%, e entre os que optaram por votar em branco ou nulo, a rejeição à anistia se mantém em 53%.
Esses dados foram coletados entre 27 e 31 de março de 2025, com uma amostra de 2004 pessoas, e apresentam uma margem de erro de dois pontos percentuais. A divulgação da pesquisa destaca um momento conturbado no cenário político brasileiro, sinalizando a polarização da opinião pública sobre a questão da anistia e o papel de figuras políticas centrais nos eventos que marcaram o início de 2023.