Os dados levantados a partir de informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania revelam que a maioria dos moradores de rua se concentra em áreas como Plano Piloto, Ceilândia, Taguatinga e São Sebastião. Além disso, há uma predominância de pessoas negras (71,1%) nessa população.
Há um ano, o Supremo Tribunal Federal proibiu remoções forçadas de pessoas em situação de rua e orientou que os governos cadastrem essas pessoas em programas de benefícios sociais. Em resposta, o Governo do Distrito Federal iniciou ações integradas para oferecer assistência social, saúde, capacitação, emprego e moradia a essa população vulnerável.
Entre março e agosto, foram realizadas 55 ações com pessoas em situação de rua, sendo que 163 foram cadastradas em programas sociais e 40 aceitaram o acolhimento. No entanto, o levantamento da comissão apontou que as iniciativas do governo ainda são insuficientes diante do universo da população de rua identificada.
Diante desse cenário, o presidente da Comissão ressaltou a necessidade de um atendimento universal e criticou a lentidão na inclusão dessas pessoas nos programas sociais. As secretarias responsáveis se defendem, destacando a atuação de equipes especializadas e a oferta de benefícios e acolhimento, além de ressaltar a possibilidade de acesso a refeições gratuitas nos restaurantes comunitários do DF.
O plano do Governo do Distrito Federal visa atender as cerca de quase 3 mil pessoas em situação de rua, de acordo com dados do IPEDF. A Secretaria de Desenvolvimento Social reconhece a necessidade de ampliar o acolhimento institucional e realizar uma pesquisa bianual para melhor entender e atender essa população vulnerável. A questão da população em situação de rua no Distrito Federal permanece como um desafio urgente que requer ações mais efetivas e abrangentes por parte do poder público.