A apuração do caso revelou que o autor do crime, padrasto da jovem, confessou ter executado o ato a pedido da companheira. Segundo as investigações, a motivação para o crime estaria relacionada a questões financeiras. Allani havia recentemente recebido uma considerável herança do avô materno, que incluía dinheiro e três imóveis localizados na costa pernambucana.
Em coletiva de imprensa, o delegado Eric Costa, da divisão de homicídios de Caruaru, relatou que o casal tinha um plano claro. Eles pretendiam acessar o patrimônio da vítima por meio de sua conta bancária e comercializar os imóveis para recomeçar a vida fora do estado. A relação entre a mãe e a filha já era conturbada, com desavenças frequentes sobre o uso do dinheiro recebido na herança.
Na noite do trágico evento, o padrasto teria invadido a casa de Allani, tentando forçá-la a transferir suas economias. Ao se recusar, a jovem foi submetida a torturas extremas, que culminaram em sua morte brutal. O acusado, inicialmente negando as acusações, acabou confessando a execução do crime após a polícia apresentar evidências, como vídeos que corroboravam sua presença na cena do crime.
Além do homicídio, tanto a mãe quanto o padrasto foram indiciados por tortura, devido às circunstâncias violentas que cercaram a morte da jovem. No momento, as armas utilizadas na brutalidade, uma enxada e uma faca, ainda não foram recuperadas pelas autoridades. As investigações continuam enquanto a comunidade local se mostra chocada diante da gravidade do caso, que expõe não apenas a relação deteriorada entre mãe e filha, mas também os aspectos sombrios que podem surgir em situações de disputa por bens.









