Outro ponto chave da denúncia é que Navalnaya afirmou ter sido levada ao necrotério e ter visto o corpo do filho. A declaração veio após seis dias sem conseguir ver o falecido. Ela acusou as autoridades de terem estabelecido a causa da morte e possuírem todos os documentos necessários para liberar o corpo, mas mesmo assim se recusaram a entregá-lo a ela.
Escândalo à parte, a equipe de Navalni declarou que os médicos determinaram que a morte foi por causas naturais, corroborando a posição divulgada pelas autoridades russas. Liudmila Navalnaya gravou um vídeo denunciando as ameaças que está sofrendo por se recusar a realizar um funeral secreto para o filho.
As alegações dela foram endossadas pela viúva de Navalni, Yulia, que publicou um vídeo acusando Putin de matar seu marido e de tentar encobrir as evidências. Além disso, ela afirmou que as autoridades estavam escondendo o corpo de seu marido e se recusando a entregá-lo à mãe. Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, rejeitou as acusações de encobrimento como “absolutamente infundadas e insolentes”.
Desde a morte de Navalni, mais de 400 pessoas foram detidas em toda a Rússia enquanto tentavam homenageá-lo com flores e velas. Algumas autoridades isolaram memoriais que estavam sendo usados como locais para deixar homenagens a Navalni, gerando preocupações sobre a liberdade de expressão no país.
O caso continua a desencadear uma série de repercussões e atritos entre a família de Navalni, as autoridades russas e os apoiadores do falecido, lançando luz sobre as condições políticas e sociais do país. A situação dramática em torno da morte de Navalni continua a gerar indignação e tem potencial para desdobramentos ainda mais tensos nas próximas semanas.