A situação na Venezuela é tensa. Maduro comparou González Urrutia a Juan Guaidó, líder político que foi reconhecido como presidente interino por vários governos internacionais em 2019. “Guaidó parte dois, González Urrutia, não vai!”, exclamou diante de milhares de apoiadores. Segundo Maduro, a oposição busca repetir a “triste história” de Guaidó, em uma tentativa de desestabilizar seu governo.
Nos bastidores internacionais, chanceleres de Brasil, Colômbia e México estão cogitando uma visita à Venezuela para abrir um diálogo com Maduro e González Urrutia, tentando mediar o conflito. Enquanto isso, Maduro afirmou que as “patrulhas militares e policiais” continuarão presentes “em toda a Venezuela para proteger o povo”. O presidente também acusou a oposição de estar orquestrando um golpe de Estado e sugeriu que seus líderes, incluindo María Corina Machado e González Urrutia, deveriam estar presos.
A reação internacional à crise na Venezuela tem sido intensa. Os Estados Unidos e diversos governos europeus e latino-americanos pediram a divulgação transparente dos resultados eleitorais, alegando “provas contundentes” de uma vitória do candidato da oposição. Os protestos que eclodiram desde segunda-feira resultaram em onze civis mortos, segundo organizações de direitos humanos. Maduro revelou que cerca de 2 mil manifestantes foram detidos e serão mantidos em prisões de segurança máxima.
A tensão política na Venezuela aponta para um cenário de incertezas. A reeleição de Maduro foi marcada por sérios questionamentos e manifestações populares, cumprindo um papel crucial no debate sobre a legitimidade do atual governo. A situação é agravada pela promessa de Maduro de manter uma forte presença militar nas ruas e pela recusa da oposição em aceitar os resultados eleitorais, tornando o futuro do país ainda mais incerto e ameaçando sua estabilidade social e política.