“Com o Brasil não houve crise, não há crise, nem haverá crise!”, declarou Maduro, enfatizando a importância de um diálogo constante entre os chanceleres dos dois países. A postura do presidente venezuelano sugere uma busca por restabelecer um canal de comunicação mais eficaz, visando o entendimento e a colaboração mútua entre as nações da América Latina.
Maduro também ressaltou que o novo panorama geopolítico mundial demanda relações pacíficas e cooperativas, enfatizando a necessidade de avançar em questões econômicas. Ele comentou sobre o interesse dos investidores brasileiros em áreas como petróleo, gás e turismo, indicando que há potencial para uma colaboração frutífera.
Entretanto, as relações entre Brasil e Venezuela já enfrentaram desafios significativos. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, se posicionou contra a validação das últimas eleições presidenciais na Venezuela, pedindo transparência dos resultados a ser fornecida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O descontentamento foi reciprocado; Maduro criticou a postura brasileira, evidenciando a fragilidade da relação.
A situação se deteriorou ainda mais quando o Brasil se opôs à entrada da Venezuela no BRICS, afirmando que o país não contribuía para a eficácia do grupo. A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, reagiu, descrevendo essa postura como “irracional”.
Apesar das dificuldades, o governo brasileiro manifestou seu compromisso com o diálogo, enviando uma representação para a cerimônia de posse de Maduro. As escolhas finais do CNE conferiram a vitória ao presidente venezuelano com uma margem de 51,95% dos votos.
Diante deste cenário, a declaração de Maduro parece um apelo ao restabelecimento de uma relação mais harmoniosa entre os países, com foco na paz e desenvolvimento regional, visando o fortalecimento de laços econômicos e políticos que beneficiem ambos.









