Maduro considera “fracassada” Cúpula Ibero-Americana e critica liderança do presidente equatoriano Daniel Noboa durante evento internacional.



O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não hesitou em criticar a recente Cúpula Ibero-Americana, realizada no Equador, a qual descreveu como “fracassada”. Durante uma transmissão de seu programa “Con Maduro Más”, ele expressou sua decepção ao ver o rei da Espanha, Felipe VI, à frente de um evento que não conseguiu gerar consenso entre as nações participantes.

Maduro responsabilizou o presidente equatoriano, Daniel Noboa, pela ineficácia da cúpula, chamando-o de “fascista”. Para o líder venezuelano, a escolha do local e do anfitrião contribuiu significativamente para o insucesso do encontro, que, segundo ele, se tornou um marco negativo nas interações ibero-americanas. Ele referiu-se ainda a Noboa e ao presidente argentino, Javier Milei, como “coveiros da cúpula”, sugerindo que suas posições e políticas foram prejudiciais ao evento.

A cúpula, que ocorreu na semana passada, contou com a presença de apenas dois chefes de Estado: Noboa e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo. Além deles, participou o vice-presidente de El Salvador, Félix Ulloa, o chefe de Governo de Andorra, Xavier Espot, e o próprio rei da Espanha. O fato de ter havido tão poucos líderes presentes foi outro ponto que Maduro destacou como indicativo do fracasso da reunião, que não produziu uma declaração conjunta ou um resultado tangível para os países envolvidos.

Essas críticas refletem o clima de tensão geopolítica na América Latina e as divisões ideológicas entre os países da região, especialmente na esfera ibero-americana, onde alianças e inimizades podem ter repercussões significativas. Em sua análise, Maduro conduz a narrativa de que a falta de uma liderança unificada está levando a uma deterioração das relações entre os estados, evidenciada pela performance decepcionante da cúpula do Equador.

As declarações de Maduro fazem parte de um discurso mais amplo, onde ele busca não apenas deslegitimar seus oponentes, mas também reforçar sua própria posição e a da Venezuela em um panorama geopolítico competitivo e, por vezes, contencioso na região.

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