Essa afirmação de Maduro ocorre em meio a um contexto diplomático delicado entre Brasil e Venezuela. Recentemente, Lula identificou Maduro como um problema que pertence apenas à Venezuela, e não ao Brasil. “Quero que a Venezuela viva bem, que eles cuidem de seu povo com dignidade. Eu me preocupo com o Brasil, e o Maduro que se preocupe com ele. O povo venezuelano que se preocupe com o Maduro”, declarou o presidente brasileiro em uma entrevista.
Por outro lado, Maduro elogiou as palavras de Lula, considerando-as uma reflexão sábia e um “ponto a favor do Lula”. No entanto, as relações entre os dois países têm sido marcadas por tensões. O recente assessor especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, declarou que o Brasil não reconhece a reeleição de Maduro, alegando que as eleições de julho não respeitaram o princípio da transparência. Essa afirmação provocou uma resposta do governo venezuelano, que convocou o encarregado de negócios do Brasil em Caracas para consultas.
Além disso, a posição do Brasil em relação à Venezuela foi reafirmada quando o país vetou a entrada da Venezuela no BRICS, durante uma cúpula ocorrida em Kazan, na Rússia, demonstrando uma manutenção de uma postura crítica em relação ao atual governo venezuelano. Essa sequência de eventos reflete a complexidade nas relações diplomáticas entre os dois países, enquanto ambos tentam encontrar suas próprias identidades e soluções para os desafios políticos que enfrentam.