“Somente os ucranianos podem ter essas discussões. Cada um deles deve participar ativamente na definição do futuro da Ucrânia”, afirmou Macron, sublinhando a importância da autonomia de Kiev nas negociações. Quanto à segurança da Europa, o presidente francês também fez um apelo claro, ressaltando que as garantias nesse aspecto precisam envolver a participação efetiva da comunidade europeia.
Macron não deixou de reconhecer o papel dos Estados Unidos, transferindo parcialmente a responsabilidade para Washington ao sugerir que os EUA devem atuar para “persuadir a Rússia” a se engajar nas negociações de paz. Esse apelo se dá em um momento em que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, expressou interesse em se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir as possibilidades de resolução do conflito.
Putin, por sua vez, já manifestou interesse em dialogar, destacando que, caso essa reunião ocorra, haverá muitos temas para tratar. O incentivo do presidente francês à colaboração internacional sugere uma abordagem mais integrada e multifacetada para abordar as complexidades do conflito ucraniano.
A declaração de Macron reflete uma estratégia que visa fortalecer a posição da Ucrânia enquanto promove a necessidade de um diálogo diplomático que envolva tanto as potências europeias quanto os EUA, enfatizando que a paz na região é uma responsabilidade coletiva.