Manifestantes questionam legitimidade do governo e pedem volta de Dilma.
Eles chegaram a ocupar prédio dos escritórios do antigo MDA e do Incra.
Manifestantes realizam, na manhã desta sexta-feira (10), um protesto contra o presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Os participantes do ato “Fora Temer” se concentraram na Praça do Centenário, no bairro do Farol, em Maceió, e saíram em caminhada até o Centro.
O protesto terminou pouco depois das 13 horas, no edifício onde funcionam diversos órgãos nacionais, como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a delegacia federal do antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), hoje incorporado à Casa Civil. Cerca de 3,5 mil participaram do ato, segundo a organização. A PM contou mil pessoas.
Devido à caminhada, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) interditou os pontos por onde os manifestantes pretendem passar. O fluxo de veículos na região está lento. Clique aqui para conferir no mapa como está o trânsito na região.
Segundo o movimento Frente Brasil Popular, que organizou o protesto em Alagoas, outras cidades do país também têm manifestações. Eles levam faixas pedindo a saída do presidente, e a não privatização do petróleo nacional.
A presidente da Central Única dos Tabalhadores (CUT), Rilda Alves, explicou que os manifestantes também estão mobilizados pelo retorno da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT).
“Este é um ato nacional onde movimentos sociais, sindicatos e pessoas ligadas a cultura estão presentes. Somos a favor da democracia e não reconhecemos Michel Temer como nosso presidente. Queremos o retorno da presidente Dilma, mas não significa que não vamos cobrar o que ela prometeu quando foi eleita em 2014”, explica Rida.
Para o representante do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Rafael Simão, o processo de impeachment de Dilma foi incostitucional. “O golpe já foi dado e esse não é um governo legítimo. Não estão governando para a sociedade e para os trabalhadores”.
Célia Capistrano, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), diz que o governo de Temer não é populista. “O país está totalmente desorganizado. Suas ações são contra o povo. Desvincular os recursos da saúde e da educação mostram que este governo é para os ricos e não para a classe trabalhadora”.
Após chegar ao Centro, os manifestantes se concentraram por um tempo em frente ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) e de lá, ocuparam o edifício onde funcionam o Incra e a delegacia federal do antigo MDA.
“É um protesto contra o governo golpista, que os movimentos agrários não reconhecem. Nós exigimos que o MDA seja retomado. Essa ocupação é um recado ao Temer”, afirmou um dos líderes do Movimento Via do Trabalho (MVT), Marcos Antônio da Silva, conhecido como Marrom.
Participam da manifestação contra o presidente em exercício Temer, o MLT, a CUT, o Sinteal, o Movimento Via do Trabalho (MVT), o Sindicato dos Bancários e Financeiros, a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), e o Movimento Sem-Terra (MST).
G1 – AL