A campanha contará com uma série de ações educativas, culturais e sociais voltadas para o tema. Um dos destaques é a formação de uma comissão intersetorial e transversal composta por diversos órgãos da cidade, que discutirá a questão do enfrentamento ao racismo como política pública. Essa comissão é uma das primeiras do país a reunir diferentes órgãos em prol da causa.
Segundo Arísia Barros, ativista preta e coordenadora do Instituto Raízes e Áfricas, a campanha tem um caráter interativo e busca ouvir as demandas da população negra da capital alagoana. A partir dessas demandas, será elaborado um plano de ação para o ano de 2024. A intenção é que a campanha seja permanente, indo além do mês de novembro.
A ativista ressaltou que a campanha busca desconstruir conceitos e estigmas relacionados ao racismo, por meio da união de diferentes instituições e da escuta ativa da sociedade. A ideia é fortalecer a pauta da equidade étnico-racial e torná-la uma política de estado.
Diversas secretarias municipais estão envolvidas diretamente na campanha, como a Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania (Semuc), a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), a Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Primeira Infância e Segurança Alimentar (Semdes), além da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Procon Maceió.
A campanha “Maceió é Massa sem Racismo” representa uma importante iniciativa para promover a igualdade racial e combater o preconceito na cidade. Com a participação de diferentes instituições e a escuta ativa da população, espera-se que a campanha possa contribuir para a desconstrução de estigmas e a promoção da diversidade e da cultura afro-brasileira na capital alagoana.