A primeira infração constatada surgiu de um problema estrutural em um poço de visita, parte integrante do sistema de esgotamento sanitário da empresa responsável por essa área. Devido a isso, o esgoto transbordou, sendo injustamente lançado nas galerias destinadas às águas pluviais. Tal interação não apenas polui o meio ambiente aquático, mas ainda ameaça a saúde pública, uma vez que os contaminantes chegam diretamente ao mar.
No segundo caso, uma edificação na Pajuçara estava despejando esgoto diretamente na linha d’água da via pública, um flagrante desrespeito às normas municipais que guardam o destino adequado das águas residuais. Essa prática, além de agravar a poluição ambiental, compromete o funcionamento adequado do sistema de drenagem urbano, potencializando riscos como enchentes, uma preocupação crescente em muitas áreas urbanas brasileiras.
Em resposta a essas ocorrências, a Semurb não hesitou em aplicar autos de infração aos responsáveis. De acordo com o Código Municipal de Meio Ambiente, sob a Lei Nº 4.548/96, o lançamento de esgoto na rede de drenagem constitui crime ambiental, destacando a seriedade com que a legislação trata tais violências ecológicas.
A Operação Línguas Sujas segue uma agenda contínua, visando a identificação e correção de ligações clandestinas de esgoto que reiteradamente ameaçam a qualidade da água e a saúde pública no município. Autoridades enfatizam a importância da colaboração comunitária, incentivando a população a relatar atividades ilícitas que coloquem o meio ambiente e a estabilidade urbana em risco. Maceió, como outras cidades, enfrenta desafios significativos nesse front, mas com iniciativas como esta, há uma esperança renovada de melhoria e conscientização da sociedade.