Estas mães são verdadeiras artesãs da vida. Elas bordam, esculpem e dançam, garantindo que os saberes populares permaneçam vivos, vibrando na alma da cidade. Com mãos que preservam e educam, elas se tornam as cozinheiras do futuro, alimentando não apenas seus filhos, mas uma cultura inteira que resiste ao tempo.
Mestra Vânia é uma dessas figuras emblemáticas. Artesã dedicada, ela transforma matérias-primas em pedaços ricos de memória e identidade. Ao seu lado, sua filha Juliana Angélica, crescida entre linhas e agulhas, segue os passos da mãe. Embora seus estilos possam divergir — a mãe centrada na cultura popular, a filha no delicado feltro — a conexão entre elas é inquebrável, tecida com amor e respeito mútuo.
Juliana expressa uma gratidão profunda por sua mãe, reconhecendo a influência que a observação daquele trabalho árduo, mas apaixonado, teve sobre seu próprio caminho. Ela admite que, mesmo tendo duvidado de seguir o ofício da mãe, acabou sendo atraída pela mesma paixão.
Mestra Vânia, por sua vez, revela a doçura e firmeza necessárias para viver da arte, vendo suas criações como expressões do amor e da cultura. Embora a vida seja desafiadora, ela encontra beleza em sua missão. Sua alegria se reflete no orgulho de ver a filha, que herdou não apenas o talento, mas também a coragem implacável.
Mais do que apenas suas próprias filhos, Mestra Vânia é vista como uma mãe cultural, acolhendo e educando novos talentos em Maceió. A narrativa de ambas, mestra e aprendiz, é um tributo ao papel vital das mães artesãs. Neste Dia das Mães, suas histórias ecoam como um cântico bordado à mão, honrando todas as mulheres que, através de sua arte e devoção, constroem futuros e preservam memórias eternas.