A execução desse inquérito abrange todas as capitais do Brasil, além do Distrito Federal e outras cidades, refletindo seu caráter abrangente e vital para a formulação de políticas públicas. Sob a liderança do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, o estudo tem como foco os fatores externos que levam à procura por serviços emergenciais, incluindo acidentes de trânsito, episódios de queda, afogamentos, queimaduras e variados tipos de violência, sejam interpessoais ou autoprovocadas.
O objetivo central é delinear o perfil epidemiológico das pessoas que buscam atendimento em unidades de emergência e hospitais, tais como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A meta é a produção de dados essenciais que embasem a elaboração de políticas públicas que visam à prevenção e melhoria do atendimento a estas situações. Em Maceió, o trabalho de coleta de dados está acontecendo em diversos pontos estratégicos, incluindo sete UPAs e o Hospital Geral do Estado (HGE), além da UPA de Marechal Deodoro, tudo sob a supervisão direta da Secretaria Municipal de Saúde.
Rozali Costa, responsável técnica pela área de Violências e Acidentes, relata que os pesquisadores permanecerão posicionados nas entradas destes serviços 24 horas por dia, durante um mês, interagindo diretamente com pacientes afetados por acidentes ou violências. Ela sublinha que os resultados obtidos serão fundamentais para traçar um perfil detalhado dos envolvidos, permitindo a elaboração de políticas públicas mais específicas e abrangentes.
Esta pesquisa, realizada trienalmente, ganha especial destaque em 2024, especialmente considerando que a edição anterior foi adiada devido à pandemia, tornando a análise atual mais crucial ainda. Com a colaboração de instituições renomadas, como a Fiocruz, e múltiplas universidades brasileiras, a coleta de dados proporcionará insights imprescindíveis para o combate e a prevenção de causas externas em nível nacional.
Após a conclusão das análises, os dados coletados serão partilhados com as autoridades municipais e estaduais com vistas a promover um planejamento estratégico que transcenda o setor da saúde, tocando também áreas como educação e meio ambiente. Por fim, para Maceió, os achados desta pesquisa contribuirão para uma compreensão aprofundada dos fatores que fomentam os casos de violência e acidentes, viabilizando uma resposta mais coordenada e eficaz da administração local na proteção e cuidado de sua população.
