Durante a recente atividade no Sertão alagoano, foram detectadas várias irregularidades, como a produção de 780 litros de agrotóxicos sem licença, extração ilegal de minerais e a existência de lixões sem as devidas licenças ambientais. Segundo Clyvia Souza, uma das irregularidades mais alarmantes foi a criação de um macaco prego galego em cativeiro, sem água ou alimento. Além disso, constatou-se um amplo desmatamento local, correspondente a uma área do tamanho de 419 campos de futebol.
Ao longo dos 15 dias de operação, que foi de 17 a 30 de novembro, não apenas foram aplicadas multas, mas também houve um esforço significativo para resgatar e reintegrar os animais ao seu habitat natural nos biomas da Mata Atlântica e Caatinga. Esta etapa da fiscalização é crucial não somente para a preservação ambiental, mas também para a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas. A FPI é uma ação conjunta do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, contando ainda com a participação de especialistas de diversas áreas como biologia, geotécnica, engenharia ambiental, geologia e geografia. Assim, a iniciativa continua a se destacar como peça fundamental para a conservação e revitalização da Bacia do Rio São Francisco.