Gabriel Rodas, coordenador de drenagem da Seminfra, expressou preocupações sérias sobre os danos que o concreto pode causar. Segundo ele, quando este material endurece dentro das tubulações, ele impede o fluxo natural da água das chuvas, aumentando a probabilidade de alagamentos durante as tempestades. Mais alarmante, destacou Rodas, é que os componentes químicos presentes no concreto podem ser transportados pelas águas para o oceano, poluindo o mar e afetando a rica biodiversidade marinha da região. Isso não apenas prejudica a saúde ecológica, mas também ameaça a balneabilidade das praias da cidade, um dos principais pilares do turismo local.
Como uma resposta imediata, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) vai entrar em ação para responsabilizar a empresa responsável pela obra. Com base na Lei Nº 4.548/96 do Código Municipal de Meio Ambiente, a empresa enfrentará sanções pelo crime ambiental cometido. Esse tipo de infração não é apenas uma violação legal; ela representa um risco considerável para o meio ambiente marinho e a economia turística de Maceió.
Para mitigar os danos, a Seminfra já iniciou o complexo processo de remoção do concreto das tubulações e trabalha na restauração emergencial do sistema de drenagem. Essa medida é vital para minimizar os riscos de alagamento e para proteger a qualidade ambiental das praias que são ponto de encontro de moradores e atração de turistas.
Essa situação ressalta a importância de monitoramento e fiscalização constantes em obras pela cidade, sublinhando que práticas irresponsáveis podem ter consequências duradouras e devastadoras tanto para o meio ambiente quanto para o bem-estar humano e econômico. A Seminfra e a Semurb estão reforçando suas medidas de fiscalização para evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro.