Esse tipo de irregularidade não passou despercebido graças à tecnologia empregada pela equipe investigativa. Usando um robô de inspeção, além de testes com corante, as autoridades puderam confirmar a atividade ilícita. Conforme os resultados técnicos das análises, a conexão clandestina operava há, impressionantemente, 15 anos. Durante esse longo período, esgoto era continuamente despejado na rede de drenagem que culmina no oceano, colocando em risco ambiental significativo a região marinha e sua biodiversidade.
A descoberta traz à tona preocupações profundas, não só pelo impacto ambiental direto, como também pelos riscos à saúde pública. Turistas e moradores são os principais prejudicados, lidando com potenciais problemas de contaminação que podem afetar a balneabilidade de um dos cartões-postais de Maceió: suas belas praias.
Ao identificar a violação, a Semurb não hesitou em emitir autos de infração contra a BRK Ambiental, exigindo resposta às responsabilidades pelas consequências ambientais do ato. Simultaneamente, as ações de Seminfra foram incisivas ao determinar o fechamento imediato da ligação clandestina, interrompendo o fluxo irregular e fortalecendo o cumprimento legal.
A legislação local é clara quanto a esse tipo de infração, enquadrando-se no que o Código Municipal de Meio Ambiente define como proibido. Mais amplamente, a irregularidade também configura crime ambiental conforme estipulado pela Lei Nº 4.548/96. Não há dúvida de que práticas como essa contribuem para a deterioração das condições de conservação marinha, fundamental para a economia turística e o equilíbrio ecológico local.
A sociedade agora aguarda ações corretivas e preventivas mais vigorosas que impeçam novas ocorrências, reforçando a importância da manutenção de padrões que respeitem a legislação ambiental e protejam o meio ambiente. Com maior vigilância e compromisso de todas as partes envolvidas, Maceió pode continuar a se firmar como um destino turístico sustentável e seguro.