A iniciativa ofereceu aos professores e estudantes da unidade escolar uma programação rica em palestras e atividades interativas, com o objetivo de semear a consciência sobre a urgente necessidade de ressignificar a luta antirracista no ambiente educacional. Arísia Barros, uma das figuras centrais no movimento negro e presidente do Instituto Raízes de África, destacou a importância do diálogo com a juventude. “É essencial comunicar estas ideias às crianças, pois além de absorverem a informação, elas se tornam multiplicadoras do conhecimento. Estar aqui na Escola Padre Pinho, juntamente com a equipe da ONG, foi uma experiência extraordinária. O engajamento da comunidade escolar superou todas as expectativas”, afirmou entusiasmada.
Roseli Patriota, diretora da Escola Padre Pinho, reforçou a relevância das atividades realizadas. Segundo ela, é crucial proporcionar aos alunos ferramentas para que eles possam reconhecer e defender sua identidade racial com orgulho e segurança. “Devemos fortalecer essa questão desde cedo. As atividades de hoje foram um passo importante nessa direção”, comentou.
A presença de Mut Rosa, representante da Kasa de Maat, que veio do Rio de Janeiro para participar das atividades, enriqueceu ainda mais o evento com o projeto “Pode falar, a gente escuta”. Rosa compartilhou a visão de seu trabalho: “Nosso foco está em resgatar uma África que não é retratada nos jornais. Para nós, estar presente nas escolas e nas comunidades é vital para empoderar jovens e crianças. Temos a missão de lembrar a todos que a África é o berço da humanidade”, explicou.
O evento na Escola Municipal Padre Pinho representa uma etapa importante na luta antirracista local, com uma abordagem educativa que destaca a necessidade de discutir e reconhecer a história e a identidade racial desde a tenra idade, preparando as novas gerações para um futuro mais equitativo e consciente. A iniciativa deve servir de exemplo para outras instituições, mostrando que o diálogo e a educação são ferramentas poderosas no combate ao racismo.