O infectologista do PAM Salgadinho, Dr. Renee Oliveira, explicou que a propagação dessas doenças ocorre de várias formas, muitas delas ligadas ao consumo de água e alimentos contaminados, como hortaliças, e ao contato direto com água poluída, especialmente em praias após chuvas intensas, onde surgem as chamadas línguas sujas. Durante a estação chuvosa, a leptospirose se torna uma grande preocupação devido ao aumento de alagamentos que facilitam a transmissão pela urina de roedores e outros animais infectados.
A leptospirose é uma doença caracterizada por sintomas como febre, dores pelo corpo, especialmente nas panturrilhas, e em quadros mais graves, pode levar a complicações renais e pulmonares, necessitando de tratamento hospitalar com antibióticos. Já as gastroenterites diarreicas requerem atenção redobrada na hidratação, enquanto a hepatite A, menos comum atualmente devido a melhorias no saneamento, ainda é motivo de precaução, sendo também transmitida pela água contaminada.
Para evitar tais doenças, a SMS recomenda seguir algumas medidas preventivas essenciais. É aconselhável evitar o contato com águas de alagamentos e enchentes, e se for inevitável, utilizar proteção adequada como luvas e botas de borracha. Além disso, a higienização dos alimentos com hipoclorito, evitar banhos de mar após as chuvas, e o tratamento da água através de fervura e filtração são estratégias fundamentais para prevenir contaminações.
Este período demanda uma vigilância constante por parte dos cidadãos, não apenas pela preservação da saúde individual, mas também pela de toda a comunidade. O engajamento de todos é crucial para enfrentar os desafios impostos pelas chuvas e garantir uma convivência segura até o retorno do tempo seco.