A competição exibiu a vibrante diversidade cultural alagoana através de performances dos 12 bois do grupo especial. Cada apresentação trouxe à cena uma amálgama de música, dança e poesia, refletindo as variadas tradições culturais de Alagoas e do Brasil. O Boi Pérola deu início às apresentações com uma evocação poética da importância da água, enquanto o Boi Cão de Raça celebrou a resistência indígena. De igual forma, o Boi Dragão homenageou os folguedos alagoanos e o Boi Africano destacou a conexão intrínseca entre a vida rural e a cultura local.
Destacaram-se também o Boi Safary, inspirado pelas cores e formas da cultura indiana, e o Boi Diamante, que transportou o público às maravilhas das Arábias. Emoções à flor da pele, o Boi Força Bruta dedicou sua performance aos vaqueiros do Brasil, já o Boi Axé celebrou as manifestações do Bumba Meu Boi de norte a sul do país.
Encerrando a noite, o Boi Kimera e o Bumbá Alagoano reverenciaram os folguedos alagoanos e a festa da colheita. Não menos marcantes, o Boi Vingador e o Boi Águia trouxeram os símbolos do Sertão e mensagens de fé, respectivamente, enquanto o Boi Cobra Negra encerrava o evento com uma explosão de energia e a simbologia poderosa do fogo.
Para Myriel Neto, presidente da FMAC, o festival simboliza mais que uma disputa: “é um encontro de identidade, tradição e criatividade. A essência do Bumba Meu Boi mantém viva a cultura alagoana e testemunhar essa paixão nos maceioenses é um privilégio”.
O evento também contou com apresentações onerosas de novos membros da Liga de Bumba Meu Boi, destacando-se o Boi Divino com sua majestosa proposta cultural. Segundo Elvis Pereira, presidente do grupo, a meta é integrar e expandir essa rica tradição cultural para as novas gerações na parte alta de Maceió.
Entre os espectadores, a emoção estava visível. Rogério da Silva, um frequentador assíduo, aproveitou a oportunidade para introduzir seus netos à tradição que cresce em beleza a cada ano. Da mesma forma, a turista paulista Mariana Oliveira expressou sua admiração pelo espetáculo, destacando a riqueza inesgotável da cultura que a surpreendeu durante sua visita à capital alagoana.
Esse festival não apenas preserva a cultura tradicional de Alagoas, mas também integra e cativa novos públicos, confirmando a força e vitalidade das tradições populares brasileiras.