Essa descoberta levanta questões intrigantes sobre a evolução da tecnologia de ferramentas de pedra e desafia a suposta superioridade intelectual do Homo sapiens sobre outras espécies animais. Os pesquisadores envolvidos no estudo, como Paula Medeiros e Waldney Martins, acreditam que a produção acidental de lascas de pedra pelos macacos-prego pode indicar uma complexidade cognitiva mais ampla do que se imaginava anteriormente.
De acordo com um trecho do estudo, a produção não intencional de lascas de pedra parece ser um comportamento universal entre primatas e hominíneos, sugerindo que os primeiros hominídeos também podem ter desenvolado essa habilidade de maneira acidental. Essa descoberta desafia as ideias convencionais sobre a evolução humana e a origem da tecnologia de pedra.
Estudos anteriores já haviam identificado chimpanzés e outros primatas capazes de produzir lascas de pedra, porém, os macacos-prego são evolutivamente mais distantes dos humanos, tornando essa descoberta ainda mais surpreendente. Além disso, descobertas anteriores no Piauí, norte do Brasil, já haviam levantado a possibilidade de que ferramentas de pedra encontradas em sítios arqueológicos fossem, na verdade, produzidas por primatas.
Diante desses avanços na pesquisa científica, é possível afirmar que a capacidade de produzir ferramentas de pedra não é exclusiva dos seres humanos e pode indicar uma complexidade cognitiva mais ampla no reino animal do que se imaginava anteriormente. Essa descoberta reforça a necessidade de ampliar o estudo do comportamento animal e reconsiderar nossas noções pré-estabelecidas sobre a evolução humana.