Lutas de rua improvisadas na Zona Norte de SP são compartilhadas como “UFC de Rua” nas redes sociais, dividindo opiniões.



Homens protagonizam embates violentos em ringues improvisados na Zona Norte de São Paulo, em meio a uma prática conhecida como “UFC de Rua”. Luvas de boxe protegem as mãos dos participantes, que se reúnem em espaços públicos como praças, postos de combustíveis e até mesmo no meio da rua para competir de forma informal. O fenômeno ganhou destaque nas redes sociais, com vídeos compartilhados sob o nome de “UFC de Rua”.

As cenas divulgadas mostram confrontos entre lutadores de pesos diferentes e juízes com o rosto coberto por camisas. As imagens são propagadas principalmente por perfis que promovem bailes funk na Zona Norte de São Paulo, evidenciando a ausência de estrutura médica para atender os combatentes em caso de lesões.

Esses embates têm dividido opiniões entre os internautas, com alguns apoiando a prática e se oferecendo para participar, enquanto outros demonstram preocupação com a segurança dos competidores, principalmente menores de idade envolvidos. O nome “UFC de Rua” remete à famosa organização de artes marciais mistas, porém as lutas informais desrespeitam as regras oficiais e colocam os lutadores em condições precárias.

Recentemente, o fenômeno se tornou frequente nas noites de sextas-feiras, sábados e domingos na Freguesia do Ó, atraindo multidões para assistir aos combates. A falta de equipamentos de proteção e medidas de segurança tem preocupado moradores e comerciantes locais, que temem por possíveis tragédias decorrentes dessas competições.

Embora as autoridades policiais tenham manifestado que não há um crime evidente nas práticas de luta fora das academias, especialistas alertam para os riscos à saúde dos participantes. O neurologista Denis Bichuetti destaca os perigos de contusões cerebrais e traumas no crânio, enquanto o cardiologista Mateus Freitas Teixeira aponta para lesões que podem ocorrer nos olhos, tímpanos e abdômen.

Os competidores dessas lutas informais estão expostos a graves riscos à saúde, como demonstrado em casos como o de João Vitor Penha, que morreu após sofrer um nocaute durante um torneio não oficial no Ceará. A prática de luta na rua é contraindicada para todas as idades, devido aos sérios danos que os golpes podem causar. Portanto, é fundamental conscientizar os praticantes sobre os perigos e buscar alternativas seguras e acompanhadas por profissionais para a prática de artes marciais.

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