Os Estados Unidos, por exemplo, atualmente reivindicam cerca de 10% do Ártico, que inclui uma parte significativa do Alasca e uma zona econômica exclusiva de 200 milhas náuticas. Recentemente, Washington ampliou suas reivindicações ao adicionar um milhão de quilômetros quadrados à sua plataforma continental. O Alasca, que já compõe um terço deste território, é uma área estratégica para os interesses norte-americanos na região.
O Canadá é outro grande ator no cenário ártico, com cerca de 25% da área reivindicada. Aqui, aproximadamente 40% do território canadense e mais de 70% de seu litoral encontram-se localizados no Ártico. Desde 2022, Ottawa estendeu suas reivindicações para incluir 1,9 milhão de quilômetros quadrados que se estendem até as águas russas, além de afirmar interesses no Polo Norte.
A Dinamarca, através de sua colônia na Groenlândia, controla aproximadamente 20% da região, o que equivale a 900.000 quilômetros quadrados de plataforma continental. Contudo, sua reivindicação é complexa devido ao crescente movimento por independência da Groenlândia.
A Rússia, por sua vez, é a maior detentora de direitos na região, com aproximadamente 50% do Ártico sob suas reivindicações. A nação eslava possui cerca de um quinto de sua área terrestre acima do Círculo Polar Ártico, estendendo suas alegações sobre uma vasta plataforma continental que inclui o Polo Norte.
Por fim, a Noruega reivindica cerca de 5% do Ártico, com suas posses limitadas comparativamente aos seus vizinhos. O país é conhecido por seus esforços de desenvolvimento sustentável na região, embora a extensão de sua plataforma continental ainda seja significativa.
Com a crescente importância geopolítica do Ártico, as tensões entre essas nações estão em ascensão. As disputas territoriais não são apenas sobre a soberania, mas também sobre os vastos recursos naturais, como petróleo e gás, além das novas rotas de navegação que prometem revolucionar o comércio global. O cenário ártico, portanto, não é apenas uma geografia remota, mas um novo palco para rivalidades internacionais no século XXI.