Existem dois tipos principais de lúpus: o lúpus eritematoso sistêmico, que afeta vários órgãos do corpo, como pele, articulações, rins, pulmões e cérebro, e o lúpus cutâneo, que afeta apenas a pele. A causa exata da doença ainda é desconhecida, mas sabe-se que fatores genéticos, ambientais e hormonais podem contribuir para o seu desenvolvimento.
Pacientes com predisposição genética para a doença podem ser expostos a fatores ambientais, como radiação ultravioleta, infecções virais ou bacterianas, e o uso de certos medicamentos, o que pode levar ao desenvolvimento do lúpus. Além disso, o hormônio feminino estrógeno também parece desempenhar um papel importante, o que explica por que o lúpus é mais comum em mulheres.
Os sintomas do lúpus podem variar de acordo com o órgão afetado e a gravidade da inflamação. Os principais sintomas incluem manchas avermelhadas semelhantes à forma de uma borboleta no rosto, fadiga, perda de peso, inflamação na pele e nas articulações, perda de proteína na urina, alterações neurológicas, anemia e aftas na boca e no nariz.
O tratamento do lúpus depende dos sintomas apresentados por cada paciente. Nas fases mais ativas da doença, pode ser necessário o uso de vários medicamentos, enquanto nas fases menos ativas, poucos ou nenhum medicamento pode ser necessário. A hidroxicloroquina é um medicamento comumente prescrito para o controle do lúpus, pois reduz os sintomas de pele e articulações, melhora a sobrevida do paciente e regula alterações imunológicas. Além disso, é importante usar protetor solar, praticar exercícios físicos e, em alguns casos, usar imunossupressores.
O lúpus pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres com idades entre 15 e 45 anos, sendo que para cada homem com lúpus nessa faixa etária, há cerca de 15 mulheres. No entanto, a doença também pode ocorrer em idosos e crianças.
Não há uma forma específica de prevenir o lúpus, mas ter hábitos de vida saudáveis, como fazer exercícios físicos, ter uma alimentação balanceada e cuidar da mente, corpo e alma, pode ajudar a manter a saúde em geral. É importante consultar um reumatologista para fazer um diagnóstico preciso do lúpus, pois a doença pode ser confundida com outras doenças sistêmicas.
Embora o lúpus seja uma doença grave, com o tratamento adequado, a sobrevida dos pacientes chega a 95% e a possibilidade de uma vida praticamente normal. Não existe uma cura definitiva para o lúpus, mas é possível controlar seus sintomas e viver uma vida saudável.