Em uma coletiva de imprensa realizada após seu retorno, Lula expressou sua preocupação com o funcionamento das redes sociais e destacou a urgente necessidade de regulamentação. Ele afirmou: “Não é possível continuar permitindo que as redes digitais cometam abusos sem que haja uma capacidade de regulamentação”. Essa declaração reflete a crescente inquietação do governo brasileiro sobre os efeitos das mídias digitais, especialmente no que diz respeito à segurança e ao bem-estar dos usuários, que muitas vezes incluem crianças e adolescentes.
Um ponto interessante da reunião foi a contribuição da primeira-dama, Janja da Silva, que se destacou ao abordar a questão do TikTok. Lula revelou que, durante a conversa, Janja pediu a palavra para explicar ao presidente chinês as preocupações relacionadas ao uso abusivo do aplicativo, enfatizando a vulnerabilidade de mulheres e crianças nas plataformas. O presidente Xi Jinping concordou que o Brasil possui o direito de regulamentar o uso desse tipo de aplicativo, um reconhecimento que pode indicar um espaço para futuras colaborações entre os dois países na área digital.
A participação de Janja não passou despercebida, gerando especulações sobre o incomodo que essa atitude poderia ter causado entre alguns membros da comitiva. Quando questionado sobre a intervenção da primeira-dama durante um encontro de tamanha importância, Lula defendeu vigorosamente sua posição, afirmando que, como mulher e cidadã, Janja não deve ser considerada de segunda classe. Essa defesa sublinha a importância de incluir diferentes vozes e perspectivas em discussões crucialmente relevantes.
Em um contexto em que a temática digital ganha cada vez mais relevância, a visita de Lula à China pode ser vista como um passo significativo rumo a uma abordagem mais responsável e consciente sobre o uso das mídias digitais no Brasil, refletindo um desejo de preocupação e proteção social.