Lula Sanciona LDO de 2025, Mantendo Meta Fiscal Zero e Vetando Trechos da Proposta em Meio a Contingenciamentos de Verbas Públicas

Na manhã desta terça-feira, 31 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, um passo fundamental que define as metas fiscais da União e orienta a Lei Orçamentária Anual (LOA), atualmente em trâmite no Congresso Nacional. Essa decisão neutra em termos de resultados primários estabelece uma meta que ficará em zero, com uma margem de variação de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), permitindo um equilíbrio entre déficit e superávit.

O texto que foi aprovado pelos parlamentares no início de dezembro prevê que o resultado primário pode oscilar de um déficit de R$ 30,97 bilhões até um superávit do mesmo valor. Contudo, Lula decidiu vetar 35 trechos da proposta, incluindo disposições que restringiam o governo a bloquear emendas parlamentares e que promoviam o crescimento do Fundo Partidário em consonância com a arrecadação federal.

Adicionalmente, a LDO também apontou para um reajuste no salário mínimo, fixando-o em R$ 1.502 para 2025. Contudo, em uma manobra adicional, o Presidente anunciou um aumento imediato do salário mínimo para R$ 1.518, a partir de 1º de janeiro de 2025.

Outro ponto importante abordado na LDO é a meta de déficit primário para o Programa de Dispêndios Globais das estatais federais, que foi estabelecida em R$ 6,21 bilhões. Exceções foram feitas para a Petrobras, a ENBPar e as despesas relacionadas ao novo PAC, limitando-as em até R$ 5 bilhões. Para estados, Distrito Federal e municípios, a previsão é de um superávit indicativo de R$ 1 bilhão.

Além disso, a LDO incluiu cláusulas que garantem a proteção de certos tipos de despesas contra contingenciamento, abrangendo áreas como o Sistema de Fronteiras, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, além de apoio às populações indígenas e aos direitos de crianças e idosos. Essas medidas visam assegurar a continuidade de investimentos em setores fundamentais, impedindo cortes para atender às exigências fiscais.

Esse ambiente fiscal reflete um cenário complexo e desafiador para o governo, que busca um equilíbrio entre a responsabilidade fiscal e a necessidade de investimento em aspectos sociais e de infraestrutura.

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