Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a expectativa é que a redução de custos no setor portuário varie entre 20% e 60%. Essa queda significativa nos gastos será crucial para estimular o crescimento da cabotagem, um segmento que, segundo o ministro, tem potencial para aumentar a movimentação de contêineres de 1,2 milhão para 2 milhões.
Apesar da expectativa da presença do presidente Lula no evento de lançamento do decreto, sua agenda repleta de compromissos impediu sua participação, levando à assinatura do decreto de forma interna. Costa Filho, no entanto, representou o governo, destacando a importância do programa para a transformação do litoral brasileiro em uma extensa rota de transporte.
O governo está atento às concessões portuárias e pretende realizar mais de 60 leilões nos próximos quatro anos. A meta inclui um crescimento de aproximadamente 5% no setor portuário em 2024, com uma expansão ainda mais acentuada de 7% para os portos públicos. O setor de contêineres deverá apresentar crescimento de mais de 18%, o que sinaliza um aquecimento no comércio e na logística nacional.
Além disso, o ministro explicou que a implementação de novos modais de transporte, como a BR do Mar e a futura BR dos Rios, são parte de uma estratégia mais ampla para fomentar a competitividade do país. Atualmente, aproximadamente 65% do transporte no Brasil ainda é realizado por rodovias, o que ressalta a necessidade de diversificação e melhorias na infraestrutura logística. Com essas novas rotas, o governo espera beneficiar tanto a indústria naval quanto o setor produtivo de maneira geral, promovendo um Brasil mais integrado e eficiente.