Lula Reafirma Soberania Nacional em Discurso do 7 de Setembro Enquanto Manifestações Dividem País entre Apoios e Críticas

Após o feriado de 7 de Setembro, que teve como destaque a celebração do “Brasil Soberano” promovida pelo Governo Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou suas redes sociais para reforçar sua mensagem sobre a soberania nacional. Em um post na plataforma X, Lula afirmou: “O Brasil tem lado. O do povo brasileiro”, reiterando a intenção de colocar os interesses da população em primeiro lugar.

No ato de celebração da Independência, o presidente destacou a importância da soberania, afirmando que o Brasil não deve ser tratado como uma colônia. “Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”, disse em seu discurso, enfatizando a autonomia nacional. O desfile cívico-militar de 7 de Setembro ocorreu em Brasília e foi segmentado em três eixos temáticos: “Brasil dos Brasileiros”, “Brasil do Futuro” e um terceiro eixo sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer em Belém (PA) em novembro.

Vestindo seu tradicional Rolls Royce, Lula foi acompanhado pela primeira-dama, Janja da Silva, ao longo da Esplanada dos Ministérios, onde cerca de 30 ministros e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, também participaram da cerimônia. Embora o evento tenha atraído um público estimado em 45 mil pessoas, houve notáveis ausências, incluindo os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Enquanto isso, um ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo. Esse evento, que atraiu a atenção da mídia e contou com um número maior de participantes em comparação ao ato da esquerda na região, teve como foco a defesa de uma anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro. A manifestação, denominada “Reaja Brasil”, ressaltou o papel do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, nas articulações políticas sobre a anistia no Congresso.

Os discursos realizados nesse ato, incluindo os do pastor Silas Malafaia, foram marcados por críticas contundentes ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que foi chamado de “ditador”. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, emocionou-se ao falar sobre a situação do ex-presidente, descrevendo-o como “humilhado” e “amordaçado”. Nesse clima polarizado, símbolos como a bandeira dos Estados Unidos foram utilizados para expressar solidariedade entre os manifestantes e um protesto contra o sistema judiciário brasileiro.

Assim, as celebrações de Independência e os atos políticos revelaram um país dividido, onde a busca por soberania e autonomia enfrenta resistência em um ambiente político tenso e fragmentado.

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