Lula Fala Sobre Paz Global e Relações Brasil-China Após Visita Emocionante à China

Durante sua recente visita à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso marcado por forte carga emocional, crítica à geopolítica atual e promessas de futuras colaborações econômicas. Entre homenagens e declarações políticas, Lula enfatizou a necessidade de um novo rumo para a política internacional, especialmente em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia.

Abrindo sua fala, o presidente prestou tributo ao ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, elogiando suas qualidades como um “exemplo de ser humano”. Relembrando seu último encontro com Mujica, Lula expressou um senso de despedida anticipada, destacando a transparência e a coragem do colega político em enfrentar a morte e a adversidade.

O discurso também abordou a situação da guerra na Ucrânia, onde Lula revelou que manteve diálogos diretos com o presidente russo, Vladimir Putin. Ele manifestou otimismo em relação a um diálogo de paz e mencionou a possibilidade de uma reunião entre Putin e o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, como um “primeiro passo concreto” rumo à resolução do conflito. O presidente brasileiro enfatizou que “a política precisa mudar o debate” diante da ascensão de movimentos extremistas ao redor do mundo.

Em termos de relações externas, Lula destacou a importância da parceria entre Brasil e China, ressaltando que o intercâmbio comercial entre os dois países saltou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para impressionantes US$ 160 bilhões em 2024. No entanto, o presidente defendeu que o Brasil deve diversificar sua economia, passando de mero exportador de commodities para um player mais inovador, especialmente nas áreas de tecnologia e infraestrutura.

Além disso, Lula criticou as tendências protecionistas emergentes, especialmente nos Estados Unidos, e defendeu um comércio mais justo e equilibrado em um mundo que precisa reverter a crescente unilateralidade. Ele reiterou a importância de fortalecer o multilateralismo e a Organização Mundial do Comércio (OMC) para que todos os países possam compor uma comunidade global mais harmoniosa.

Por fim, Lula não se esqueceu de destacar o BRICS, enfatizando a importância do agrupamento na criação de um mundo multipolar, livre de domínios unilaterais. Defendendo a utilização de moedas digitais para transações entre os membros, ele argumentou que isso poderia aumentar o desenvolvimento econômico nos países envolvidos. “Não menosprezem a força do BRICS”, concluiu, convocando a união e a solidariedade entre nações que buscam um futuro mais promissor e equitativo.

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