O elogio de Lula à “magnânima” escolha de Biden foi acompanhado por votos de sucesso para a democracia americana nas eleições presidenciais que ocorrerão em novembro deste ano. A Presidência do Brasil emitiu uma nota oficial informando sobre a conversa e destacando a cordialidade entre os dois chefes de Estado.
O presidente brasileiro aproveitou a oportunidade para tocar em um tema crucial nas relações internacionais: a transparência do processo eleitoral na Venezuela. Lula enfatizou a importância de o país sul-americano liberar as atas das eleições realizadas no último domingo, uma medida que Biden também endossou. Para Lula, esses documentos são essenciais para garantir a transparência, credibilidade e legitimidade dos resultados eleitorais.
O telefonema entre os líderes ocorre num contexto de tensão eleitoral na Venezuela, onde o presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Segundo o CNE, Maduro obteve 51,21% dos votos, superando o candidato oposicionista Edmundo González, que recebeu 44% dos votos. A oposição, contudo, alega fraude nas urnas e questiona a veracidade do resultado, o que aumenta a necessidade de divulgação das atas eleitorais para esclarecer possíveis dúvidas e legitimar o processo.
Em entrevista, Lula minimizou a gravidade da situação na Venezuela, afirmando que a disputa eleitoral é algo normal e que a resolução de qualquer conflito deve ser feita através da apresentação das atas de votação. Ele enfatizou que, se houver divergências, estas deverão ser resolvidas judicialmente, e que o resultado tomado pela Justiça deve ser acatado por todas as partes.
Apesar das críticas e das suspeitas de fraude levantadas pela oposição venezuelana, Lula não demonstrou preocupação exagerada com a crise política no país vizinho. O presidente brasileiro afirmou que a situação não é grave nem assustadora e reforçou a necessidade de procedimentos transparentes para validar os resultados eleitorais.
Este contato entre Lula e Biden destaca a importância das relações internacionais e a preocupação conjunta com a estabilidade democrática na região. O apoio mútuo em questões eleitorais fortalece o diálogo entre Brasil e Estados Unidos, revelando um esforço colaborativo para enfrentar desafios comuns e promover a democracia.