A conversa entre os líderes sublinhou a urgência de fortalecer os laços comerciais em um contexto global repleto de incertezas. Lula, enfatizando a importância desse relacionamento, anunciou a visita do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, ao México, marcada para os dias 27 e 28 de agosto. Alckmin será acompanhado por um grupo de ministros e empresários, destacando a relevância econômica da missão.
Os líderes discutiram também a ampliação do acordo comercial entre Brasil e México, com foco em setores essenciais. Entre eles, constam os segmentos farmacêutico, agropecuário, etanol, biodiesel, aeroespacial, inovação e educação. Este movimento é visto como uma resposta à situação desafiadora que ambos os países enfrentam em suas relações comerciais com os Estados Unidos.
Recentemente, o presidente americano, Donald Trump, anunciou a intenção de impor tarifas de 30% sobre produtos importados do México a partir de 1º de agosto, o que representa um obstáculo significativo. O Brasil, por sua vez, também foi alvo de medidas semelhantes, com o compromisso do presidente dos EUA de taxar em até 50% suas exportações para o mercado americano. Esse cenário adverso tem levado ambos os países a reavaliar suas estratégias comerciais e buscar uma maior integração entre si.
A comunicação entre Lula e Sheinbaum sinaliza uma busca por soluções conjuntas e o fortalecimento da cooperação regional, refletindo uma preocupação mútua com os desafios impostos por políticas externas e a necessidade de adaptação em um ambiente comercial em constante transformação.
