Ambos os líderes têm se mostrado relutantes em participar de eventos públicos não controlados, evitando assim o encontro com cidadãos insatisfeitos. Essa situação é refletida nas taxas de aprovação: Lula conta com apenas 29% de apoio popular, e Macron figura com uma aprovação ainda mais baixa, de 26%, segundo a pesquisa Odoxa. Este cenário é visto como um “abraço de afogados”, onde ambos buscam a legitimidade em meio ao descontentamento generalizado.
Além das interações políticas, o governo brasileiro, sob a administração de Lula, tem se envolvido em questões orçamentárias relevantes. Em maio, foram gastos mais de R$ 167 milhões em emendas parlamentares, incluindo uma significativa alocação de R$ 15,4 milhões para a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional da Bahia, instituição ligada ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. Essa movimentação orçamentária, no entanto, contrapõe-se à falta de atualização no Portal da Transparência, onde os dados mais recentes indicam apenas R$ 40 mil em emendas.
No amplo contexto da política, as preocupações com o impacto da inflação nos alimentos também têm sido discutidas. O ministro Wellington Dias atribuiu a alta reprovação de Lula entre os cidadãos mais pobres à dificuldade com os preços dos alimentos, um reflexo direto da crise econômica. Essa narrativa é contestada por muitos, que consideram que a gestão atual não tem dado a devida atenção a esses problemas.
Além disso, uma série de questionamentos foram levantados em relação a iniciativas que pretenderiam acabar com supersalários e privilégios na esfera pública, com organizações cívicas alertando que essas propostas poderiam ser descaracterizadas.
Enquanto isso, o assunto do momento na internet gira em torno de diferentes temas, incluindo a condenação do humorista Leo Lins, suscitando um debate sobre liberdade de expressão e os limites da crítica. No mesmo compasso, o governo se propõe a suavizar as relações internacionais, como evidenciado pela recente dispensa de vistos para cidadãos brasileiros na Guiana Francesa, algo que provocou reações diversas entre os políticos.
O panorama, portanto, é complexo, com Lula e Macron navegando entre críticas e tentativas de fortalecer suas administrações em meio a um cenário volátil e desafiador.