Um dos pontos centrais da reunião entre os dois líderes foram os acordos de cooperação assinados, que totalizaram mais de 20 compromissos focados em áreas como desenvolvimento sustentável, defesa e segurança. O presidente brasileiro destacou dois acordos significativos nas áreas de hidrogênio de baixo carbono e descarbonização do setor marítimo, apontando que tais iniciativas são cruciais para enfrentar a crise climática global.
Lula abordou também a importância da segurança nas fronteiras, especialmente no que diz respeito à Guiana Francesa. Ele ressaltou a necessidade de integrar esforços com as autoridades francesas para combater crimes transnacionais, incluindo tráfico de drogas e mineração ilegal, além de desmatamento na Amazônia. Foi assinado um novo acordo entre a Polícia Federal brasileira e autoridades francesas para reforçar essa cooperação.
Durante o encontro, o presidente brasileiro manifestou sua preocupação com o comércio bilateral, que apresenta números aquém do esperado. Lula criticou o baixo volume de trocas comerciais, que em 2024 foi inferior ao registrado em 2012, e defendeu uma maior integração entre as cadeias produtivas dos dois países. Ele reiterou a sua determinação de finalizar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia antes de encerrar seu mandato como presidente do bloco, desafiando Macron a abrir-se para essa possibilidade.
Além das questões bilaterais, Lula também discutiu problemas globais, incluindo a reforma do Conselho de Segurança da ONU. Em um momento emocional, ele homenageou figuras como Bruno Pereira e Dom Phillips, reiterando o compromisso do Brasil com a democracia e o desenvolvimento sustentável, afirmando que respeitar seus legados implica garantir que suas lutas não tenham sido em vão.