O presidente, sem mencionar nomes específicos, trouxe à tona um caso recente que chocou a opinião pública: uma menina que, após sofrer bullying virtual, tentou tirar a própria vida. Essa narrativa foi usada por Lula para ilustrar os perigos graves associados à propagação de mensagens de ódio e à violência que se espalham pelo meio digital. “Estamos convencidos de que temos a obrigação moral de fazer com que a verdade derrote a mentira nesse país”, afirmou, enfatizando a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa em relação ao uso de tecnologias.
Além de mostrar preocupação com questões sociais, Lula destacou ações já implementadas, como a proibição do uso de celulares nas escolas de ensino fundamental e médio, onde argumentou que esses dispositivos distraem os alunos e dificultam o aprendizado. O presidente expressou sua frustração com a falta de regulamentação das grandes plataformas digitais, ressaltando que é inaceitável que controles sejam aplicados a diversos setores, enquanto as empresas de tecnologia operam quase sem supervisão.
Lula também anunciou que no próximo mês deve intensificar suas viagens pelo Brasil, com o objetivo de divulgar as ações do governo e enfrentar as fake news diretamente. “É hora de assumir a responsabilidade de não permitir que a mentira, a canalhice e a fake news ganhem espaço”, reforçou, demonstrando um compromisso em reverter a atual dinâmica de informação que, segundo ele, tem prejudicado a sociedade.
A proposta de regulamentação das redes sociais, popularmente conhecida como PL das Fake News, já foi aprovada no Senado, mas encontra-se estagnada na Câmara dos Deputados desde maio de 2023, devido à resistência de parlamentares e das próprias big techs. A expectativa do governo é que, com novas discussões, essa legislação possa avançar e trazer maior segurança e responsabilidade ao ambiente digital, protegendo principalmente os jovens de abusos online.