Lula argumentou que o petróleo ainda desempenha um papel fundamental na transição energética e que, mesmo com a crescente busca por fontes de energia renovável, o petróleo continuará sendo uma necessidade no futuro próximo. “Queremos o petróleo porque ele ainda existirá por muito tempo. Precisamos usá-lo para permitir a transição energética, que exigirá muitos recursos financeiros”, afirmou o presidente, refletindo sobre a situação atual e futuras necessidades energéticas do Brasil.
A Margem Equatorial é uma área rica em potencial petrolífero, abrangendo estados como Amapá e Rio Grande do Norte, além de áreas do Suriname e Guiana, que já estão realizando atividades de exploração. Contudo, a exploração na região enfrentou obstáculos: em 2023, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu as licenças para pesquisa e extração devido a preocupações ambientais.
Para contornar essa suspensão, a Petrobras está desenvolvendo um novo plano de operação que tem como objetivo minimizar os impactos ambientais da exploração. O presidente enfatizou a experiência da companhia, que é considerada uma líder global na exploração de petróleo em águas profundas, o que, segundo ele, demonstra a capacidade do Brasil de realizar essas atividades sem causar danos significativos ao meio ambiente.
“Aqui perto temos a Guiana e o Suriname explorando petróleo. Precisamos de um acordo, uma solução que garanta ao país, ao mundo e ao povo do norte do Brasil que não derrubaremos nenhuma árvore nem afetaremos o Rio Amazonas”, completou Lula, reafirmando sua posição em favor do desenvolvimento sustentável. O debate continua em torno da balança entre desenvolvimento econômico e a preservação ambiental na delicada região amazônica.