Lula, que é aliado do atual presidente dos EUA, Joe Biden, também democrata, já havia apoiado publicamente a candidatura de Biden antes de sua desistência da corrida eleitoral. O ex-presidente brasileiro argumentou que a substituição de Biden por Kamala era uma decisão importante, especialmente considerando as questões levantadas sobre a capacidade de Biden de concorrer e se reeleger.
Além disso, Lula associou Trump a episódios de violência e intolerância política, afirmando que o ódio e a mentira estão se espalhando não apenas nos EUA, mas também em outras regiões como América Latina e Europa. Ele alertou para a ressurgência de ideologias extremistas como o nazismo e o fascismo, que representam uma ameaça à democracia.
O apoio declarado de Lula a Kamala Harris gerou repercussões no cenário político nacional, especialmente entre os aliados do presidente Jair Bolsonaro, que veem em Trump um modelo a ser seguido. A possibilidade de uma nova vitória de Trump e sua influência no Brasil provocaram debates sobre o futuro das relações diplomáticas e geopolíticas.
Porém, Lula ressaltou que o seu apoio à candidata democrata não deve ser interpretado como uma intervenção nos assuntos internos dos EUA. Ele reconheceu a importância da democracia e da liberdade de escolha dos eleitores americanos, apesar de sua clara preferência por Kamala Harris.
A posição de Lula reflete um movimento político estratégico, que busca alinhar interesses internacionais e fortalecer parcerias em um cenário global polarizado. A decisão do ex-presidente brasileiro de se posicionar publicamente em favor de Kamala Harris sinaliza uma postura de liderança e engajamento com os desafios contemporâneos que permeiam a política internacional.