Lula critica Zuckerberg por mudanças na Meta e defende a soberania nacional em discussão sobre checagem de informações nas redes sociais.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua preocupação em relação às recentes mudanças anunciadas pelo executivo-chefe da Meta, Mark Zuckerberg, que incluem o fim do sistema de checagem de conteúdos falsos nas plataformas da empresa, como Facebook e Instagram. Em declarações à imprensa, Lula enfatizou a importância de preservar a soberania nacional diante das ações de corporações multinacionais, ressaltando que a integridade de uma nação não pode ser comprometida por decisões de indivíduos ou empresas.

O sistema de verificação de fatos, que até então contava com a colaboração de grupos independentes, será substituído por um novo modelo chamado “Notas da Comunidade”. Este sistema, inspirado em práticas já vistas em outras redes sociais, permite que os próprios usuários façam correções e comentários sobre publicações. Lula classificou essa mudança como uma afronta à responsabilidade que seriam esperadas de plataformas que exercem enorme influência na comunicação atual. “É extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade que um crime cometido na imprensa escrita”, defendeu o presidente.

A medida, que inicialmente será implementada nos Estados Unidos, poderá ter repercussões em outros países, incluindo o Brasil. Lula anunciou que convocará uma reunião para avaliar os impactos potenciais dessa política no contexto brasileiro, à luz do crescente debate sobre regulação digital no país.

Além disso, o presidente da Meta levantou polêmicas ao mencionar “tribunais secretos” na América Latina, o que gerou reações indignadas de autoridades brasileiras. O secretário de Políticas Digitais, João Brant, considerou a declaração uma grave referência ao Supremo Tribunal Federal (STF) e alertou que essa mudança indicaria uma aliança entre a Meta e forças políticas conservadoras nos Estados Unidos, possivelmente prejudicando a luta por direitos digitais no Brasil e na região.

Esses comentários ocorrem em um momento crítico, com o STF prestes a retomar o julgamento de matérias relacionadas à regulação das plataformas digitais no Brasil. Lula e outros líderes políticos demonstram preocupação com o fato de que a falta de responsabilidade nas redes sociais pode resultar na ampliação do discurso de ódio e na manipulação de informações, comprometendo a democracia e os direitos individuais.

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