Lula critica Trump: “Ele deve governar os EUA, não o mundo” e defende a soberania brasileira contra políticas protecionistas.



Em uma contundente crítica ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua indignação em relação às declarações e políticas do líder norte-americano. Durante uma entrevista à rádio Tupi, Lula destacou que Trump deveria focar em governar seu próprio país ao invés de tentar exercer influência sobre o mundo. “Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, não o mundo. Ele fala o tempo todo sem medir as consequências do que diz”, enfatizou Lula.

Esse descontentamento surge em resposta a declarações de Trump no final de janeiro, nas quais o presidente americano sustentou que os países da América Latina, incluindo o Brasil, são mais dependentes dos Estados Unidos do que o contrário. Segundo Trump, “nós não precisamos deles. Eles é que precisam de nós”. Lula, contrariamente, argumentou que o Brasil já não se encontra na mesma posição de dependência comercial que existia no passado. “Hoje, nosso comércio é equilibrado entre importações e exportações. Temos uma relação sólida, mas não somos subordinados”, afirmou, ressaltando a importância de o Brasil ser respeitado em suas decisões.

Além disso, Lula expressou preocupação com as potenciais políticas tarifárias que o governo americano poderia implementar, destacando que uma nova taxa sobre o aço, por exemplo, poderia não apenas prejudicar outros países, mas também os próprios Estados Unidos, gerando inflação em sua economia interna. O presidente brasileiro reafirmou que se as tarifas forem impostas ao Brasil, o país tomará medidas equivalentes em retaliação. “Não há outra alternativa. Esse tipo de atitude representa uma ameaça constante ao comércio global”, concluiu Lula, enfatizando a necessidade de respeito à soberania nacional.

A postura de Lula evidencia um desejo de afirmar a independência brasileira no cenário internacional, ao mesmo tempo em que critica uma abordagem protecionista que poderia ser prejudicial tanto para os países impactados quanto para a economia dos Estados Unidos. O episódio ressalta a complexidade das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos em um contexto de crescente tensão no comércio global.

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