Na noite anterior, durante a primeira parte da cúpula, os líderes presentes aprovaram por unanimidade uma declaração final que será ratificada durante a cerimônia de encerramento. Este documento, divulgado com antecedência, traz o foco da cúpula na insegurança alimentar, com a formalização da Aliança Global Contra a Fome, uma iniciativa que visa mobilizar esforços internacionais para combater este desafio premente que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.
A negociação deste documento foi meticulosa, resultando em apenas duas palavras alteradas em relação a versões anteriores, o que representa um êxito significativo para a diplomacia brasileira. Ao contrário do ano passado, onde a cúpula realizada em Nova Deli não conseguiu chegar a um consenso devido a divergências sobre sanções à Rússia e o conflito na Ucrânia, a declaração atual é mais coesa. Ela abrange um chamado por uma “paz abrangente, justa e duradoura”, enfatizando a importância de relações pacíficas e amigáveis entre os países participantes.
Além de abordar a segurança alimentar e a paz, o texto final também faz um apelo pela cessação das hostilidades na Faixa de Gaza e expressa preocupação com a escalada de tensões no Líbano. No entanto, apesar da gravidade dessas questões, o foco principal do encontro não se restringiu aos conflitos mundiais. O governo brasileiro destacou a urgência em implementar medidas que promovam um futuro sustentável e a necessidade de ações concretas na luta contra o aquecimento global.
Neste contexto, o Rio de Janeiro se tornou o palco de debates cruciais que podem moldar o futuro das políticas globais. Com a presidência do G20 sendo transferida do Brasil para a África do Sul, que assume a liderança em 2025, a cúpula também sinaliza uma continuidade nas discussões sobre os desafios enfrentados pelas nações e a construção de um futuro melhor para todos.