Em resposta a essa situação adversa, Lula promoveu uma série de reuniões com ministros e líderes dessas legendas, destacando a necessidade de um comprometimento mais sólido e ativo em relação ao governo. Durante esses encontros, ele expressou descontentamento com as críticas publicamente veiculadas por membros do União Brasil, que ocupa três ministérios. O presidente exigiu maior clareza sobre o apoio contínuo da sigla à sua administração, refletindo a impaciência de seus auxiliares em relação à postura ambígua do partido.
Além disso, Lula ressaltou a importância de revitalizar as relações com o Centrão, um bloco parlamentar que desempenha um papel crucial na governabilidade. O presidente também reconheceu a necessidade de assegurar previsibilidade quanto ao pagamento das emendas parlamentares, que frequentemente são motivo de queixa entre os congressistas. A estratégia do governo de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de reverter a decisão sobre a questão do IOF acabou por agravar o mal-estar com a base aliada, evidenciando a urgência de uma articulação política mais eficaz.
O presidente planeja continuar essas conversas nas próximas semanas com outros partidos da coalizão, como o PSD, liderado por Gilberto Kassab. Embora esse partido esteja integrado ao governo, sua posição nas votações nem sempre é alinhada com os interesses do Palácio do Planalto, o que indica um apoio ainda instável nas deliberações legislativas. Neste cenário, Lula busca não apenas fortalecer sua base, mas também restabelecer a confiança necessária para a implementação de seu programa de governo.