Lula Acusa Eduardo Bolsonaro de Conspiração ao Pedir Sanções dos EUA em Inauguração da Usina Termelétrica do Porto do Açu

Na inauguração da Usina Termelétrica do Porto do Açu, em São João da Barra, no estado do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deixou de provocar polêmica ao acusar o deputado federal Eduardo Bolsonaro de ter solicitado, durante o governo anterior, sanções econômicas contra o Brasil ao então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em um discurso marcado por ironia, Lula imitou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, retratando-o em uma cena em que supostamente se apresentava em situação de desespero e reclamava de perseguições políticas.

“Ele foi aos Estados Unidos chorar para o Trump. ‘Ah, estão perseguindo meu pai!’”, disse Lula, provocando risadas entre os presentes, que incluíam aliados e operários envolvidos no evento. Além da dramatização, o presidente criticou o que considerou uma traição aos interesses nacionais, afirmando que, mesmo diante de descontentamentos políticos, não se justifica o pedido de sanções internacionais contra o próprio país. Lula afirmou: “Você pode não gostar de um governo, mas não pode ser canalha de ir para o exterior pedir que sancione o seu próprio país”.

Não é a primeira vez que Lula faz tais declarações. Em abril deste ano, durante uma entrevista para uma rádio de Recife, o presidente havia reiterado que Eduardo Bolsonaro tentou convencer o governo dos EUA a adotar medidas comerciais desfavoráveis ao Brasil, especialmente no início de seu mandato. Essas referências frequentes em seus discursos têm se tornado uma estratégia clara para fortalecer sua narrativa sobre a atuação do bolsonarismo, que, segundo Lula, representa uma ameaça aos interesses do país, mesmo após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro no ano anterior.

As palavras de Lula não apenas reacendem antigos desentendimentos políticos, mas também evidenciam a fração vigente na política brasileira, onde disputas de poder e ideológicas continuam a moldar o debate público e a percepção do governo. A personagem de Eduardo Bolsonaro entrou no foco novamente, colocando a atenção sobre questões de lealdade nacional e embates partidários em um cenário repleto de tensões e polarizações.

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