Recentemente, ela ocupava o cargo de vice-presidente da Federação Equestre do Rio de Janeiro, posição que ela desempenhava com grande dedicação e profissionalismo. Sua perda foi profundamente lamentada pela entidade: “Lúcia era muito mais do que Vice-presidente. Era uma parceira com quem mais pudemos contar ao longo desses três anos de mandato. Ela era a luz da Federação e, carinhosamente, chamada de ‘nossa rainha’. Uma pessoa extremamente educada, generosa, delicada, apaixonada pelos cavalos desde sua infância, sem falar no profundo conhecimento do esporte e a vontade de trabalhar pelo hipismo”, afirmaram os representantes da Federação em comunicado pelas redes sociais.
Nascida e criada no Rio de Janeiro, Lúcia era conhecida por sua habilidade e elegância na montaria. Em 1969, contribuiu para a vitória do Brasil em uma Copa das Nações e, com seu cavalo Rush de Camp, zerou o percurso do GP de La Baule, conquistando o primeiro lugar na prova. Seus feitos abriram caminho para outras amazonas brasileiras no exterior, e ela era muito querida e admirada por todos os cavaleiros do meio.
Após uma carreira de sucesso na Europa, Lúcia não se afastou do hipismo. Antes de se tornar dirigente, ministrou aulas e se tornou desenhista internacional de circuitos, conhecido como course-designer. Além disso, sua ligação com o esporte era tão forte que se casou com o cavaleiro olímpico Antonio Alegria Simões.
Lúcia deixa o marido, dois filhos, Carolina e André, e dois netos. Sua filha seguiu seus passos, tornando-se também uma amazona, enquanto o filho optou pela engenharia. Sua habilidade, paixão e contribuições para o hipismo deixarão um legado duradouro que será lembrado e honrado por todos aqueles que foram tocados por sua graça e talento nas competições e nas demais esferas do esporte equestre.