Livro de Marcelo Rubens Paiva atinge público jovem nas redes sociais e garante destaque com relato sobre ditadura militar.



Marcelo Rubens Paiva, renomado escritor e jornalista, teve uma grande realização ao perceber que seu livro “Ainda Estou Aqui”, que relata a vida de sua mãe após seu pai ser morto pela ditadura militar, alcançou um público mais jovem, com menos de 20 anos, por meio das redes sociais. Em uma conversa exclusiva com o Metrópoles, Paiva destacou a importância da literatura como testemunho dos vencidos, referindo-se à geração de 1970 como os vencidos da história.

A história de seus pais, o engenheiro Rubens Paiva e sua mãe, Eunice Paiva, ganhou destaque novamente com o lançamento do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello. O sucesso do filme impulsionou a procura pelo livro do escritor, que foi lançado em 2015 pela editora Alfaguara e chegou ao 12º lugar na lista de não-ficção da Nielsen PublishNews.

Paiva se mostrou surpreso e contente ao saber que jovens com menos de 20 anos estão se interessando pela história retratada em seu livro. Ele comparou essa busca pela história do país à atitude dos jovens alemães após o lançamento do filme “A Lista de Schindler”. Para o autor, a literatura tem o papel de testemunhar os acontecimentos, especialmente os que marcaram a geração de 1970.

O livro e o filme “Ainda Estou Aqui” abordam a década de 1970, período em que o Brasil enfrentava a dura repressão da ditadura militar. A trajetória de Eunice Paiva, em sua busca pela verdade sobre o destino de seu marido e na reconstrução de sua vida e de seus filhos, é o foco principal da obra. Paiva ressaltou o papel ativo e engajado de sua mãe em diversas causas sociais e políticas, mostrando-a como uma figura de força e determinação.

Com o sucesso do filme e o interesse renovado pelo livro, a obra de Marcelo Rubens Paiva continua a ecoar nas novas gerações, inspirando reflexões e debates sobre a história do país e os eventos que marcaram o período da ditadura militar. É mais uma prova do poder transformador da literatura e do testemunho dos vencidos, que ressoa através das palavras e das experiências compartilhadas por aqueles que viveram esses momentos turbulentos da história brasileira.

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