O parlamentar questionou a lógica por trás da decisão, insinuando que seria implícito que Bolsonaro não tinha pleno conhecimento das ações de sua equipe. “Se o ajudante de ordens foi condenado, então qual foi a estratégia? Um golpe surpresa que ele não soube? Será que Bolsonaro seria pego de surpresa por seus próprios subordinados?”, indagou, denunciando a tese de que o ex-presidente não poderia ser responsabilizado pelas ações de seus auxiliares, algo que, segundo Lindbergh, contraria o princípio de responsabilidade em cargos de liderança.
Além disso, o líder petista criticou o que chamou de “provocações” contidas no voto de Fux, sugerindo uma tentativa de demonizar o STF. Ele também fez alusão a pressões externas, mencionando sanções de órgãos internacionais e a polarização promovida por discursos de extrema direita como parte do contexto que teria influenciado a decisão do ministro. Essa análise, segundo ele, coloca em foco a possível parcialidade do judiciário.
Lindbergh não hesitou em expressar confiança no julgamento contínuo, prevendo que a maioria dos ministros, como Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, se posicione contra Bolsonaro nas próximas deliberações. Ao discutir a dosimetria das penas, indicou que poderia ultrapassar 30 anos, ressaltando que a sequência de votos nos próximos dias tomará um papel central na agenda política e judicial do Brasil. A expectativa em torno de como outros ministros se posicionarão em relação a Bolsonaro segue alta, mantendo o caso em evidência nas discussões políticas do país.