Líderes indígenas cobram agilidade na demarcação de terras durante celebração do retorno do manto tupinambá ao Brasil.



Na quinta-feira (12), líderes do povo Tupinambá de Olivença, em Ilhéus, Bahia, expressaram sua insatisfação com a morosidade do governo federal nos processos de demarcação de terras indígenas no Brasil. Em um encontro no Rio de Janeiro, a cacique Jamopoty Tupinambá pediu ao presidente Lula que mantenha as portas abertas para os povos originários do país.

Durante a celebração do retorno do manto tupinambá, após uma longa luta para recuperá-lo de um museu na Dinamarca, Jamopoty enfatizou a necessidade de agilidade e respeito aos direitos das populações indígenas. Outra líder, Iakui Tupinambá, destacou que a portaria declaratória do território indígena está pendente de assinatura desde 2009 e criticou o Congresso Nacional e o Poder Judiciário por suas posturas nos processos envolvendo os direitos indígenas.

O presidente Lula, em seu discurso, manifestou-se contra a tese do marco temporal e enfatizou a importância de garantir os direitos indígenas no Brasil. Ele mencionou a criação do Ministério dos Povos Indígenas e a presença de uma representante indígena na Funai para cuidar dessas questões. Comprometeu-se a discutir a demarcação da terra Tupinambá na Bahia com o ministro da Justiça ao retornar a Brasília.

Além disso, Lula apoiou a demanda do povo Tupinambá para que o manto, atualmente sob guarda do Museu Nacional, seja transferido para a Bahia. Ele destacou o compromisso do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, em preservar e exibir o manto em um local apropriado no estado.

A cerimônia de celebração do retorno do manto Tupinambá ao Brasil foi marcada por discursos que ressaltaram a importância da valorização e proteção dos direitos indígenas, além de apelos por agilidade nos processos de demarcação de terras. A presença do presidente Lula e de líderes indígenas demonstrou a relevância dessas questões no cenário nacional.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo