A prisão de Kléber Aran ocorreu durante um evento público amplamente divulgado em suas redes sociais, com a participação das equipes do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV) da Polícia Civil. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, evidenciando a gravidade das acusações contra o líder espiritual.
Em 2021, o médium já havia sido alvo da “Operação Cristal”, uma ação conjunta do Ministério Público do Estado da Bahia, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da 24ª Promotoria de Justiça de Salvador. Durante essa operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa e no local de trabalho do médium, visando encontrar provas das denúncias contra ele.
As acusações contra Kléber Aran incluem violação sexual mediante fraude, lesão corporal e assédio sexual contra várias mulheres que frequentavam seu centro religioso. Segundo relatos das vítimas ao Ministério Público, o líder espiritual exercia uma forte influência sobre elas, as levando a participar de rituais que, na realidade, serviam para satisfazer seus próprios desejos egoístas.
As denúncias foram feitas por meio do projeto Justiceiras e durante as investigações, foram apresentados arquivos de áudio que evidenciavam a manipulação e ameaças feitas por Kléber Aran para garantir o silêncio das vítimas. Apesar de criar uma atmosfera de confiança, o médium submetia as mulheres a situações de humilhação e violência, deixando marcas tanto físicas quanto psicológicas em suas vítimas.
O caso chocou a comunidade local e levantou debates sobre a segurança e proteção das vítimas de abuso sexual, além de reforçar a importância da investigação e punição de crimes dessa natureza. A prisão de Kléber Aran foi um passo importante na busca por justiça e na garantia de que indivíduos que cometem atos tão repugnantes sejam responsabilizados por suas ações perante a lei.